O elo
- Cleiton Zirke
- 11 de out. de 2019
- 1 min de leitura

O elo
Não me lembro de ti como eras. Antes, lembro de como queria que fosses. Aprisionado na minha vontade intransigente, tuas cores e formas questionam minhas certezas, e já penso em como abandoná-las. Habitas, assim, inacabado nos espaços das minhas recordações. Encerras em ti as dúvidas das contradições. Lutam, meu desejo e tu mesmo. E já não sei: Estás preso no resplendor das minhas fantasias? Te fizeste mensageiro do mais doce sonho realizado? És o elo? Forte, nas tuas nuances e sutilezas. Aquele que se coloca entre o sonho e a realidade. Um dos teus braços alcança o mais puro e belo desejo do meu coração. Colhes o bom fruto com tua mão e me dás. Teu outro braço traz-me junto a ti e sinto teu coração batendo. Quando me olhas eu sei: és o elo.
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